domingo, 26 de outubro de 2008

profissional da educação

Há tempos atrás o profissional da educação tinha um prestigio social, no qual mesmo sem um titulo de mestrado, o educador era carinhosamente chamado de mestre. Ser professor significava ser reconhecido pela sociedade como um profissional importante para o desenvolvimento de um país, mas na atualidade este profissional tem se deparado com um descrédito social que tem trazido com conseqüência uma carência de pessoal que tenham interesse em exercer esta profissão e ate mesmo aquele que optam pelo exercício da docência desiste. O complicado é que mesmo cientes da importância desse profissional e o desejo de topos pela educação, para alcançar profissões qualificadas e bem remuneradas, esquecemos da importância do profissional da educação e de como devemos respeitar a pessoa que nos dedica boa parte de sua vida para uma aprendizagem significa para mediar a nossa construção de conhecimento.

terça-feira, 1 de julho de 2008

ESCOLA OU EMPRESA




Educadores sofrem com os tempos difíceis para a educação, uma das crises é pq os vários empresários acreditam, que a escola deve ser vista como um bem privado mais do que como um bem público, permitindo que se dirijam escolas e universidades como uma empresa, inclusive inserindo teorias administrativas na escola (deve ser por isso que não existe mais supervisor, orientador e coordenador pedagógico nas escolas com as atribuições já conhecidas por nós, em lugar temos o gestor – “como em uma empresa”).

Bem vindo ao mundo das privatizações... vc quer educação de qualidade? Pague por isso... vc quer saúde de qualidade? Pague.

O Estado não mais suprirá as demandas essenciais aos indivíduos... A privatização é bem sugestiva para os legisladores que não querem gastar dinheiro em escolas.

Pesquisa escolar na internet


Fussando a net encontrei vários sites que ajundam estudantes a pesquisar os seus trabalhos acadêmicos, um deles dizia assim:

“Este projeto vem para ajudar os usuários a fazerem pesquisa de trabalhos escolares na internet, muitos não sabem usar o google ou outro site de busca, será ensinado como mexer como achar por palavras chaves.”

Outro tem assim:

“Acesse os melhores conteúdos para Trabalhos Escolares, ilustrações e gravuras para Pesquisa Escolar, mapas, trabalhos prontos, trabalhos universitários, mapas antigos, bandeiras, biografias, personagens históricos, História do Brasil, História Geral, Geografia, Biologia, Matemática, Química, Língua Portuguesa, etc.”


Logo pergunto: Cadê os professores que não ensinam os seus alunos a pesquisarem?!
Agora o aluno tem que recorrer a site para fazer os seus trabalhos?!
Ainda imaginei se existem tantos sites é pq tem muita gente que acessa, consegue fazer “bons trabalhos” e voltam a esses sites...

Tenho que confessar na educação existe muitas coisas que cheiram mal.

ROBÓTICA



A idéia de robótica apresentada no site robótica livre - http://www.roboticalivre.org/portal é bastante interessante, não conhecia o viés no qual os Software e hardware proprietários podem trazer os pacotes para esse trabalho.
O bacana é que o lixo eletrônico, toda a sucata que ninguém quer vira um robô ou protótipos de objetos da vida real deve ser muito legal.
Deve ser bem interessante para qualquer estudante ver um monte de parafernália que iria para o lixo, ganhar forma e utilidade.
A construção colaborativa do processo de construção torna o trabalho ainda mais enriquecedor.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Política pública só serve se for de verdade

De fato já sabemos que a sociedade em que vivemos inclui uma parcela de oprimidos por meio de políticas públicas das mais variadas, mas em contra partida exclui tantos outros. É assim que funciona o sistema ao qual pertencemos e o mais intragável é concebermos que ainda existem mentes que se apropriam da fragilidade alheia para se beneficiar.
O bando de Vivaldinos que se alimenta nas tetas das políticas pública, são hipócritas que pouco se importam com os excluídos. Mas chegará o dia que os oprimidos perderam a paciência e reivindicaram por oportunidades mais justa e menos miseráveis. Nesse dia os grupos minoritários de excluídos lutaram juntos e fará uma revolução... e eu como mulher, negra, pobre e educadora quero construir essa luta contra os parasitas que vivem da miséria alheia.
Com a inclusão digital não é diferente, existem pessoas que se aproveitam da nova onda de analfabetos para mamar nas tetas do governo com politicagem.... a exemplo dessa falta de vergonha temos aqui na Bahia o programa do então governador Jacson Wagner ao implantar nas escolas estaduais software proprietário.

Experiências





Experiência 1- atualização do site

Parece algo gigantesco no primeiro contato, uma linguagem estranha causa confusão no primeiro momento, mas nada melhor que o primeiro contato, o primeiro medo de fazer tudo errado e jogar fora a produção do outro... horas na frente do computador experimentando p/ ver se dar certo... errar uma linguagem muda tudo no site... tirar um código fica tudo fora do lugar...
Depois dos primeiros sustos tudo ficou bem mais tranqüilo... Ainda não to fera, mas não sou tão leiga no assunto... aprendi que se consegue futucando...rsrrsr


ufa!! Ainda bem que o ser humano consegue se adaptar com facilidade...


Experiência 2- construção e apresentação de seminário

Todo trabalho de faculdade dá muito trabalho como o próprio nome já diz... rsrsrr
Pesquisar assunto, trocar dúvidas, ligar para os colegas enviar e-mail construir slides, folder e pensar em estratégias para a galera não dormir no meio da sua fala... pelo menos era assim nas outras disciplinas, mas nesse seminário foi diferente a pesar do trabalho que deu... apresentar o seminário na verdade significou levar para sala assuntos a serem discutidos... acho até que a professora deveria mudar o nome dessa avaliação... pq todos nós fomos armados para despejar o assunto que havíamos pesquisado em cima de nossos colegas e não pensar no assunto junto com os colegas.





Experiência 3 – produzir no moodle e no blog

Publicar em ambiente virtual trocando com colegas o que eu penso sobre assuntos referentes a disciplina, fazer comentários no blog dos colegas é algo totalmente diferente, mas uma experiência muito proveitosa para uma aprendizagem significativa.

Fotos do projeto onda solidária

Ir ao CPD da UFBA e ver de perto jovens empenhados na metareciclagem, foi vivenciar na prática o tudo discutido na disciplina edc 287. Quando perguntei aos bolsistas do projeto o que de bom ficou do projeto... A palavra aprendizagem estava na fala de todos... Nessa hora lembrei das aulas de didática e reforcei o pensamento de que aprendizagem não se constrói única e exclusivamente no espaço da sala de aula... a oportunidade de aproveitar toda a sucata eletrônica e tranforma-lá em um centro de inclusão digital utilizando software livre e com bolsistas da comunidade onde vai ser implantado o centro me parece excelente idéia. Tomara que iguais como esta existam muitas outras...

sábado, 28 de junho de 2008

quinta-feira, 26 de junho de 2008

eventos livres

01/07/2008 a 03/07/2008
2º Esol no CEFET-PE - Encontro de Software Livre
Informações: http://tsi.cefetpe.br/esol/
Local: Ceará/Pe

19/07/2008 A 20/07/2008
I Ultra Maratona How To de Software Livre no Rio de Janeiro
Informações: http://www.ultramaratonahowto.com
Local: Rio de Janeiro/RJ

14/10/2008
Linux Park Brasília
Informações: http://www.linuxpark.com.br/lp
Local: Brasília/DF

26/10/2008 a 30/10/2008
JRI - III Jornada de Robótica Inteligente
Informações: http://www.sbia2008.ufba.br/
Local: Salvador/BA

10/11/2008 a 12/11/2008 SBGames - VII Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital Informações: http://www.sbc.org.br/sbgames2008 Local: Belo Horizonte/MG

12/11/2008 a 14/11/2008 SBIE - XIX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação Informações: http://www.sbie.org.br/ Local: Fortaleza/CE

ARTIGO

PEDAGOGIA INTERATIVA A FAVOR DA APRENIZAGEM.
Catia Lima de Santana

INTRODUÇÃO

Após a Revolução Industrial, os novos meios de produção impulsionaram a fragmentação de pólos que anteriormente eram pensadas como um só, surgindo uma visão de mundo mecanicista e reducionista, dividida entre corpo e mente, objetividade e subjetividade, teoria e prática.
A revolução cientifica trouxe para a humanidade a visão de mundo-máquina. Na realidade, essa explicação cientifica do universo iniciou-se com as proposições de Copérnico e Galileu, ao defenderem a descrição matemática da natureza. E foi acentuada pelas contribuições de Descartes e Newton, quando recomendaram uma ordem lógica e racional para justificar os fenômenos da natureza. Baseados em pressupostos da matemática e da física, levaram a um processo de fragmentação da ciência em áreas de conhecimento. (MORAES, 1997, p 67)
No desenrolar da história da humanidade, o paradigma newtoniano-cartesiano passa a ser questionado e a Revolução Industrial dá lugar à Revolução Tecnológica. No atual momento histórico, as redes de informações avançam graças à revolução tecnológica impulsionando a globalização. Sendo a informática utilizada como forma de desenvolvimento global, a educação não pode ficar de fora da rede de conhecimento da era tecnológica. No entanto, a escola não deve mediar o sistema capitalista, criando consumidores de software que apenas visam a massificação do produto.

A educação ainda precisa avançar em nível de adesão às novas tecnologias e mudar o currículo educacional, totalmente conservador, atrelado ao pensamento newtoniano-cartesiano. Na sociedade atual, não cabe mais a fragmentação, a divisão, mas sim a conexão de saberes, a inter-relação em vários aspetos da vida humana, o diálogo entre as áreas, a junção entre a objetividade e a subjetividade. Dessa forma, a tecnologia pode subsidiar essas novas relações.
Novas tecnologias são também novos desafios à educação, e a função reservada a educadores e educadoras é o trabalho para a formação de pessoas em uma sociedade em constante transformação, que necessitam estar prontos para relacionar-se com as novas tecnologias, e interagir com as mesmas com naturalidade.
Os estudantes devem torna-se atuantes e produtivos e não mais expectadores da criação alheia: a criatividade deve ser incentivada em todo processo escolar, pois será essa a cobrança, na sociedade no futuro, feita a esses estudantes. Ao aprendiz não cabe mais a simples passividade, silenciamento e assujeitamento aos conhecimentos impostos como verdades, mas uma postura crítica, ativa, criativa, questionadora, atuante e produtora do conhecimento.
A produção de conhecimento significativo será valorizada, sendo necessário, no entanto, o acesso aos conhecimentos já produzidos pela humanidade até o presente momento, pois as informações chegam cada vez mais rápido nos mais diversos continentes e a verdade de hoje será questionada e retificada no dia seguinte. Sendo assim, a escola deve permitir que seus alunos participem dessa construção de conhecimento como atores principais. Aos educadores será cobrado uma postura de pesquisador, autônomo, criativo e crítico.

APRENDIZAGEM INTERATIVA

No antigo modelo de educação, o aluno é apenas um mero espectador das verdades apresentadas pelo professor, em aulas expositivas, na qual os alunos memorizavam as informações, que são fragmentadas em áreas de conhecimento. As avaliações são classificatórias, excludentes, individualistas, competitivas e “decorebas”. Atualmente, este é um modelo totalmente ultrapassado e duramente criticado por diversos educadores.
Afinal, as áreas de conhecimento, tanto na teoria quanto na prática, necessitam dialogar para um entendimento de suas bases, de forma mais sólida e concreta; as aulas expositivas já não seduzem mais ninguém, se é que algum dia chegaram a encantar algum aluno; as avaliações devem fazer parte do processo de aprendizagem e não mais um processo final para a mensuração do mesmo; a produção coletiva é de suma importância para o desenvolvimento do individuo, porque torna-se constante o respeito mútuo, a colaboração e a partilha das aprendizagens, aceitação de idéias diferentes, entre outras vantagens. Ou seja, a escola deve caminhar para uma construção de conhecimento que tenha como base a interatividade.
A transmissão de conhecimentos é um modelo hegemônico de comunicação em instituições como a escola, no entanto, a interatividade é uma nova perspectiva de modificação da comunicação em sala de aula, o que possibilita um enfrentamento com o modelo de comunicação tradicional.
Para Beherens, (1996 apud Beherens, 2005, p 76), as escolas, em geral, ao optarem por um paradigma inovador, é essencial derrubar barreiras que segregam o espaço e a criatividade do professor e dos alunos, que em geral ficam restritos a sala de aula, ao quatro de giz e ao livro texto.
A aprendizagem deve ser desafiadora, dinâmica e significativa, os educadores devem problematizar o mundo real, para a construção de uma educação verdadeiramente crítica e transformadora. Ou seja, uma educação que se preocupa com a produção de conhecimentos e valores, um modelo de educação que deve permanecer aberto para poder questionar a autoridade do educador, desfazer as relações de dominação em sala de aula e prover opções para que os educandos possam intervir na sua aprendizagem.
Para se fazer possível tal educação, vale ressaltar a necessidade de alterar a modalidade comunicacional predominante na atuação pedagógica do educador a partir das novas tecnologias. Entretanto, isso não deve significar simplesmente um novo utensílio da sala de aula, utilizado para socialização e alfabetização digital, ou seja, gerar mão-de-obra para o mercado de trabalho.
Segundo Silva (2000 p. 165) de fato, precisamos de uma escola que transforme a sua práxis de comunicação, onde seja possível a transição do modelo linear, organizados em escalas, níveis e pacotes de conhecimento, por práticas plurais, livres, modificável a todo e qualquer momento, ou seja, a lógica da comunicação interativa no processo de aprendizagem.
Ao modelo de educação criticada anteriormente surge como alternativa a aprendizagem interativa, uma conseqüência da cultura da interatividade, marcada pelas novas tecnologias, que por sua vez permitem aos estudantes uma produção colaborativa, no espaço virtual. O novo paradigma nos permite ainda juntar o que antes era totalmente fragmentado.
Finalmente, o dispositivo interativo, ao suspender a lógica audiovisual [das media de massa], deixa também emergir progressivamente o fim da noção de receptor passivo. As novas navegações interativas serão, assim, uma nova libertação face à lógica unívoca do sistema mass-mediático predominante neste século XX. Doravante viveremos a superação desse constrangimento. (CÁDIMA, 1996 apud SILVA, 2000, p 25)
Nas manifestações comunicacionais mais antigas entre seres humanos já era possível identificar interação na relação unilateral entre emissor e receptor, entretanto, na atualidade, as novas mídias oferecem um conjunto de possibilidades ao receptor, que é convocado à livre criação, e a mensagem ganha significado sob sua interferência.
Vale ressaltar que interação não é o mesmo que interatividade, mesmo que alguns críticos acreditem que o conceito de interatividade diz o mesmo que o termo interação, e que seria apenas uma argumentação a favor da indústria da informática. Para Silva (2005,p 64), interatividade é a modalidade comunicacional que ganha centralidade na cibercultura, permitindo ao receptor responder ao emissor. Representa um grande salto qualitativo em relação ao mundo da comunicação de massa, superando a recepção passiva.
Transitamos da mídia clássica para a mídia on line, que nos permite modificar a lógica da comunicação, onde anteriormente existia um esquema clássico de informações, fundamentado na relação emissor-mensagem-receptor. Na escola, o emissor é o professor, as mensagens são informações fechadas em si, que não dialogam com diversas áreas do conhecimento, nem tampouco com a realidade dos alunos, o receptor é o aluno, onde as informações são despejadas.
Já na perspectiva da interatividade, segundo Silva (2005, p.64), o professor passa a ser o formulador de problemas, provocador de interrogações, sistematizador de experiências e memória viva de uma educação que em lugar de perde-se à transmissão, valoriza e possibilita o diálogo e a colaboração.
Os estudantes podem participar e intervir, o que não significa restringi-los a opções dadas, mas transformar a mensagem, articular, trocar, associar a comunicação que é produção conjunta do emissor e do receptor, pois aos dois pólos é permitido codificar e decodificar mensagens.
A aprendizagem interativa só acontece se houver a participação dos alunos, os quais são inscritos de acordo com as suas potencialidades e evoluem de forma coerente e contínua. O aluno não mais se reduz a observar, copiar e apresentar em forma de avaliação o quanto “aprendeu”. Mas sim criar, construir, alterar quando lhe for conveniente, tornando-se colaborador na construção das informações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considero estar longe das verdades para as respostas de uma educação de qualidade, nem acredito que somente uma educação interativa seja capaz de modificar as problemáticas do processo educacional formal. No entanto, existe a certeza que os modelos educacionais atuais já não conseguem dar conta das novas necessidades humanas, pois não conseguem atender a riqueza e a complexidade das produções humanas.
A escola não pode se manter fechada em si mesmo, com as suas cerimônias de transmissão, ela precisa encontrar uma sintonia com outros ambientes freqüentados pelos estudantes, afinal, esses espaços também contribuem para a formação dos mesmos. Enquanto o mundo modifica-se rapidamente, principalmente nos seus aspetos tecnológicos, a escola ainda se restringe ao quadro negro, às aulas cansativas, à fragmentação de conhecimentos e à mensuração de aprendizagens desconectadas da realidade dos educandos.

A prática consciente da interatividade pode potencializar uma nova competência comunicacional, capaz de romper obstáculos que impedem a relação entre professores e alunos, e a disponibilidade de redes de conexão em meio aos conteúdos de aprendizagem.
Para Silva (2000, p.221), a metodologia interativa permite a conversão de aluno espectador em aluno ator, a ação pedagógica transforma o ambiente da sala de aula ao ensino da participação. Os atores atuais (professores) desenvolvem a história de modo a provocar o posicionamento dos espectadores (alunos) sobre possibilidades de continuação. Estes são convidados à intervir, à co-criar e assim também tornam-se atores na ação educacional.
Promover interatividade em sala de aula é disponibilizar domínios de conhecimento de modo expressivo e complexo, garantindo liberdade e pluralidade das expressões individuais e coletivas onde seja possível elaborar e colaborar na dinâmica da aprendizagem.

REFERÊNCIAS

BEHRENS, Marilda Aparecida. Tecnologia interativa a serviço da aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In: ALMEIDA, M.E.B. MORAN, J.M. (org.) Integração das Tecnologias na Educação/ Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 2005. p. 75-78.

MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 1997.

SILVA, Marco. A era da interatividade. Sala de aula interativa / Marco Silva. – Rio de Janeiro: Quartet, 2000.

SILVA, Marco. Internet na escola e inclusão. In: ALMEIDA, M.E.B. MORAN, J.M. (org.) Integração das Tecnologias na Educação/ Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 2005. p. 63-69.


sábado, 7 de junho de 2008

O negro no livro didático

O tema polêmico trazido pela equipe de impresso, é de suma importância para educadores que desejam mediar o conhecimento de forma critica afinal a educação assim como o livro didático é carregado de ideologia. Mas atualmente, graças a luta dos movimentos negros, podemos falar da reparação ao negros com tranqüilidade.
Mesmo depois de 120 anos da abolição da escravidão no Brasil nós negros ainda ñ conseguimos total liberdade.
Pq ainda somos vitimas, de estereótipos que essa sociedade racista, revela nas mais diferenciadas formas, inclusive por meio do livro didático. Onde figuras de pessoas negras só aparecem em situação de submissão ao homem branco, ou em ilustrações de textos que contam a história de nosso país.
Ainda me pergunto pq a mulher e o homem negro sempre são lembrados como sinônimo de sexualidade, pq o padrão de beleza é a Gisele Biht, se quase ñ existem mulheres fisicamente parecidas com a modelo em nosso país? Pq de segunda a sexta é dia de branco? Pq cheiro de suor e cheiro de negro? Pq em nosso vocabulário existe a palavra denegrir? Pq negro quando ñ faz na entrada faz na saída? Pq os moradores das favelas são quase todos negros?
Pq as crianças preferem quase sempre bonecas brancas? Pq em uma rua deserta um homem se aproxima a reação automática é segurar a bolsa? Pq quando personagens negros aparecem na TV são com símbolos de desejo sexual, (como a globeleza ou “Preta” interpretado por Tais Araújo em Da cor do pecado), ou ridicularizados como o negro que sobe ao poder roubando e esnobando, exemplo, foguinho (personagem da novela cobras e largatos interpretado por Lázaro Ramos)???
Pq o sistema de cotas na Universidade Federais são tão polêmicos, e o sistema de cotas que beneficiou imigrantes Italianos, com doação a de terras em território brasileiro foi tão tranqüilo que muitos nem souberam??
Pq alguns professores resistem a Lei 10.639, e ñ se preocupam em contar aos seus alunos a história escrita por homens brancos?
Quem ainda acha que uma criança negra pode se encantar com a cor de sua pele se o estereótipo que inventaram p/ ele é ruim??
Adão Negro
Adão Negro

Composição: artur cardoso

chá, chá lá lá lá lá lá
chá lá lá lá lá lá lá lá
chá lá lá lá lá lá láa
apartheid disfarçado todo dia
quando me olho não me vejo na tv
quando me vejo estou sempre na cozinha
ou na favela submissa ao poder
já fui mucama mais agora sou neguinha
minha pretinha nós gostamos de você
levanta saia, saia correndo para quarto
na madrugada patrãozinho quer te ver
oioichá lá lá lá lá lá
chá lá lá lá lá lá lá lá
chá lá lá lá lá lá lá
será que um dia eu serei a patroa
sonho que um dia isso póssa acontecer
ficar na sala não ir mais para a cozinha
agora digo o que vejo na tv
um som negro
um deus negro
um adão negro
um negro no poder
um som negro
um deus negro
um adão negro
um índio no poder
Likareggae

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Expectativas...

Se o número de internautas no Brasil chegar realmente a 150 milhões como esperado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, acredito que o governo deve intervir de forma mais eficiente para promover a inclusão digital, sendo o ambiente escolar o principal espaço a essa promoção.
A minha grande preocupação é que os laboratórios de informática sejam colocados nas escolas, mas sem nenhum tipo de responsabilidade social... Como infelizmente tem acontecido.
O ideal é que os professores sejam os primeiros a serem incluídos digitalmente e consiga levar os seus alunos aos laboratórios sem medo de quebrar as máquinas, ou que os alunos saibam mais que eles. Sendo a relação das máquinas com os estudantes estratégias de possibilidades para o desenvolvimento dos alunos.
A grande expectativa é que até 2010 os resultados dêem certo, e que os números de internautas ñ signifique só necessariamente estatística que ñ reproduzem nenhuma responsabilidade social.

segunda-feira, 31 de março de 2008

o encontro de hoje foi marcado pela discussão sobre a inclusão digital e formação de professores com o artigo da Prof Maria Helena Bonilla, onde foi possível entender o motivos pelos quais os Programas Nacionais de Informática na Educação ( Proinfo), por exemplo, não são capazes de contemplar toda dinâmica que envolve a inclusão digital na educação, pois são teorias ultrapassadas, pensadas em computados como ferramenta de trabalho, quando já existem novas pesquisas que entendem o computador como elemento estruturante de diferentes possibilidades. Sendo essa nova proposta que deve ser pensada quando falarmos sobre a formação de professores na perspectiva da inclusão.
Pensar inclusão digital, formação de professores e a utilização das novas tecnologias em nosso país significa necessariamente, pensar que vivemos em uma nação com um sistema político neoloberal, sistema econômico capitalista que por si só gera exclusão, abre portar para o livre comércio e conseqüentemente para as privatizações, um Estado mínimo que não oferta serviços digno sem que antes criem políticas compensatórias, onde o dinheiro público passa pelas mãos das empresas privadas.
Compreender e intervir nessa dinâmica é sim estar incluído para além do digital.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Software livre

Hoje fomos apresentados aos conceitos do software livre, entendendo, diferenciando e quebrando paradigmas. Nesse primeiro contato, ficou muito claro que existem mais vantagens que desvantagem na utilização do software livre. A escolha pelo software livre tem todo um debate político, social e filosófico. Entender o debate sobre (S.O.P. X S.O.L.) e se posicionar é também papel dos educadores.
Por meio do GNU/Linux o acesso democrático à informática se torna algo real, distante dos impedimentos de mercado imposto pelo Software proprietário. Sendo também mais seguro, algo que jamais havia pensando antes, afinal os pacotes prontos vendidos pelo software proprietário parece ser inicialmente algo eficiente, mas só tendo contato com software livre esse discurso hegemônico é totalmente destruído.
Mais sinceramente ainda fico de pé atrás em relação a todas as vantagens do GNU/linux, provavelmente por não conhecer e não entender o sistema. Mas tenho a certeza que quando se usa o software proprietário vc é apenas um usuário, mas quando se é apresentado ao GNU/linux vc passa a ter liberdade de entender toda a parafernália digital que te rodeia.

segunda-feira, 17 de março de 2008

professor mediador, orientador, facilitador, problematizador, desafiador e palestrante essas foram as questões mais marcantes para um reflexão sobre as novas relações com o saber e o papel do educador na sociedade atual, a discussão sobre AED x educação como negócio, as políticas públicas x as novas tecnologias para um propósito social.
Foram discusões que se fizeram presente em toda aula, e nos faz refletir sobre o papel do educador nessa sociedade e as responsabilidades do mesmo.

A grande questão é: O educador deve ter conhecimento em relação a sua postura como profissional, para que não seja tomada decisões de forma inconsciente ou ingênua, de trabalhar em uma instituição que trata a educação puramente como um negócio e não saber de todo o debate que organiza essa instituição. Podemos escolher que tipo de profissional queremos ser...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Steven Johnson

O encontro de hoje teve o seu climax quando assistimos as entrevistas do pesquisador Steven Johnson no site do Youtube e foi possivel refletir sobre um posicionamento bem diferente daqueles que normalmente vemos quando o assunto é tecnologia na atualidade e principalmente o uso dele na educação de crianças. Steven apresenta o discurso pós-moderno sobre as novas tecnologias e aponta para as questões positivas no uso de jogos e sites de relacionamento. ( Se nos anos 60 nossos pais se preocupavam com o que rock representava para a sociedade, hoje nos preocupamos com a utilização da internet, videogame e tv na vida das crianças... futuramente nos preocuparemos com os amigos robôs de nossos netos....rsrsrsrsrr)
Bem! O futuro nos aguarda e os tabús devem ser derrubados e para isso utilizemos do conhecimento. Na sociedade da (in)formação é imprecidível nos tornamos poli e multi e nos beneficiarmos das novas tecnologias.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Reflexão da aula 03/03/08

Os textos e vídeos trabalhados nos fez refletir, sobre a sociedade atual e os paradigmas da globalização X pós-modernismos. A turma levantou questionamentos sobre o papel da educação e do educador na implementação das novas tecnologias nas escolas.
Assim como na complexidade dos conflitos estabelecidos diante da sociedade que passa pelo processo de transição entre a modernidade e a pós-modernidade. Conflitos gerados em uma grande velocidade e que tem nos trazido problemas cada vez maiores, como a desigualdade social e o individualismo, esses são fomentados pela globalização que fazendo uso de uma vertente capitalista gerencia as novas tecnologias a favor do indivíduo que tem poder de consumo.
Hoje pensamos na necessidade de discutir valores e novos conceitos, não cabe mais o saudosismo de tempos atrás, nada parece defino estamos em constate transformações e conseqüentemente em constante construções de saberes.
Essa construção de saberes no entanto deve ocorrer de forma coletiva e a utilização das novas tecnologias nos permite nas inúmeras estruturas as trocas necessárias a evolução dos conhecimentos.

Apresentação

Olá!!!
Como aluna da Disciplina EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS usarei esse espaço para o enriquecimento da minha aprendizagem sobre os diferentes elementos que as novas tecnologias nos possibilitam, como educadoras e aprendizes das inovações pós-modernas .